Liderança - Vencendo Desafios pelo Exemplo
17/04/2017
Tags: Coach | Liderança | Sucesso | Desafios |
Autor: Denilza Munhoz
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/liderancavencendo-desafios-pelo-exemplo/99857/
17/04/2017
A Arte da Guerra, livro de Sun Tzun, começa com a estória de um rei que deu suas concubinas (entre elas a preferida) para serem treinadas por um novo comandante. O rei não acreditava ser possível mulheres tão femininas terminarem como soldados em campo de batalha e também não acreditava naquele novo comandante. Contudo o comandante era capaz e após impor disciplina entre as mulheres (inclusive matando a preferida do rei), treinou todas demais em excelente soldados.
Esta estória tem quase dois mil anos e é vista por uns como um bom livro de estratégia, por outros como um livro de liderança. Independente de qual direção você possa escolher, o livro fala de liderança; um líder capaz nos dá um norte novo para alcance de metas da empresa e também auxilia nossos desejos a fim de que possamos ao final de um ciclo nos sentirmos gente de verdade.
Tive ao longo de minha carreira grandes líderes: o primeiro era um judeu de trinta e poucos anos, que tinha vindo de São Paulo para Manaus para trabalhar no Departamento de Pesquisa de Mercado com o desafio de transformar a máquininha Love em uma super campeã de vendas para mulheres. O ano era 1982 e eu tinha somente 17 anos, pouco sabia de números e percentuais. Moisés, era o nome daquele judeu bom de números e de teatro - sim, à noite ele atuava como diretor de peças no teatro Amazonas. Bem, Moises sacou com muita facilidade que eu tinha dificuldades na hora de calcular percentuais e muito simplesmente chamou-me no cantinho da mesa dele e num tom de brincadeiras desenhou frutas numa feira e foi me ensinando a pensar em termos percentuais. Para ele não importava o que eu não sabia, mas o que eu poderia aprender e render a partir dali. Aquele foi um grande líder para mim e juntos ficamos 03 anos.
De Manaus vim para Salvador e aqui tive outros tantos líderes. Lembro com carinho de um executivo da Dow, que me ensinou muito pela postura; falava baixo, era sorridente, carismático, visionário e excelente negociador da área de Novos Negócios para a América Latina. Juntos articulávamos acontecer os contratos acima de 1 milhão de dólares de Energia. Algumas negociações saiam difíceis, mas Inácio sempre saia de todas as reuniões com o semblante sereno e me dizia: O problema é com as cláusulas e não com as pessoas. Ali, aprendi sobre pessoas.
Por último tive um executivo responsável por uma Planta no Site de Aratu. Era um argentino com jeito brasileiro. Seu nome: Horácio. Um pai de quatro filhos, que tinha orgulho de mostrar seus filhos e não abria mão de velejar nas águas brasileiras. Ele conversava com cada empregado como se fosse um filho e quando eu me saía do papel de Coach, ele simplesmente me chamava na sala e me dizia olhando nos olhos com muita doçura : Todos podem se exaltar, menos você. Você é Coach de todos nós. E eu me rendia ao olhar doce e sereno daquele líder tão carismático, que nem do português precisava para se comunicar.
Houveram muitos outros no meu caminho ao longo de 32 anos de trabalho em grandes empresas. Poderia citar os que foram esplêndidos pela coragem em fazer um pronunciamento de demissão em massa com bastante tempo de antecedência por ser justo que as pessoas tivessem tempo para se programar financeiramente; outros que em tempo de greve conseguiram manter os funcionários trabalhando internamente porque os fez ver que poderiam perder muito se fosse levados pela conversa dos grevistas e assim por diante.
Para mim um grande líder não precisa ousar da voz alta (gritos) para atrair atenção. Será um líder porque o que solicita não é impossível ser alcançado e também porque faz parte do processo. É mais ou menos como um pai ou mãe, não cobra para os filhos aquilo que não pode realizar. Além disto, está antenado a tudo que poderá vir a acontecer porque enxerga além do tempo pela voz da experiência.
Se você é líder de grupos de trabalho, ou ainda que seja apenas de um funcionário, honre seu papel. Enfrente os desafios com coragem. Saiba que todos envelhecerão e é muito belo lembrarmos com admiração daqueles, que mudaram o curso de nossas vidas.
Categoria: Esta estória tem quase dois mil anos e é vista por uns como um bom livro de estratégia, por outros como um livro de liderança. Independente de qual direção você possa escolher, o livro fala de liderança; um líder capaz nos dá um norte novo para alcance de metas da empresa e também auxilia nossos desejos a fim de que possamos ao final de um ciclo nos sentirmos gente de verdade.
Tive ao longo de minha carreira grandes líderes: o primeiro era um judeu de trinta e poucos anos, que tinha vindo de São Paulo para Manaus para trabalhar no Departamento de Pesquisa de Mercado com o desafio de transformar a máquininha Love em uma super campeã de vendas para mulheres. O ano era 1982 e eu tinha somente 17 anos, pouco sabia de números e percentuais. Moisés, era o nome daquele judeu bom de números e de teatro - sim, à noite ele atuava como diretor de peças no teatro Amazonas. Bem, Moises sacou com muita facilidade que eu tinha dificuldades na hora de calcular percentuais e muito simplesmente chamou-me no cantinho da mesa dele e num tom de brincadeiras desenhou frutas numa feira e foi me ensinando a pensar em termos percentuais. Para ele não importava o que eu não sabia, mas o que eu poderia aprender e render a partir dali. Aquele foi um grande líder para mim e juntos ficamos 03 anos.
De Manaus vim para Salvador e aqui tive outros tantos líderes. Lembro com carinho de um executivo da Dow, que me ensinou muito pela postura; falava baixo, era sorridente, carismático, visionário e excelente negociador da área de Novos Negócios para a América Latina. Juntos articulávamos acontecer os contratos acima de 1 milhão de dólares de Energia. Algumas negociações saiam difíceis, mas Inácio sempre saia de todas as reuniões com o semblante sereno e me dizia: O problema é com as cláusulas e não com as pessoas. Ali, aprendi sobre pessoas.
Por último tive um executivo responsável por uma Planta no Site de Aratu. Era um argentino com jeito brasileiro. Seu nome: Horácio. Um pai de quatro filhos, que tinha orgulho de mostrar seus filhos e não abria mão de velejar nas águas brasileiras. Ele conversava com cada empregado como se fosse um filho e quando eu me saía do papel de Coach, ele simplesmente me chamava na sala e me dizia olhando nos olhos com muita doçura : Todos podem se exaltar, menos você. Você é Coach de todos nós. E eu me rendia ao olhar doce e sereno daquele líder tão carismático, que nem do português precisava para se comunicar.
Houveram muitos outros no meu caminho ao longo de 32 anos de trabalho em grandes empresas. Poderia citar os que foram esplêndidos pela coragem em fazer um pronunciamento de demissão em massa com bastante tempo de antecedência por ser justo que as pessoas tivessem tempo para se programar financeiramente; outros que em tempo de greve conseguiram manter os funcionários trabalhando internamente porque os fez ver que poderiam perder muito se fosse levados pela conversa dos grevistas e assim por diante.
Para mim um grande líder não precisa ousar da voz alta (gritos) para atrair atenção. Será um líder porque o que solicita não é impossível ser alcançado e também porque faz parte do processo. É mais ou menos como um pai ou mãe, não cobra para os filhos aquilo que não pode realizar. Além disto, está antenado a tudo que poderá vir a acontecer porque enxerga além do tempo pela voz da experiência.
Se você é líder de grupos de trabalho, ou ainda que seja apenas de um funcionário, honre seu papel. Enfrente os desafios com coragem. Saiba que todos envelhecerão e é muito belo lembrarmos com admiração daqueles, que mudaram o curso de nossas vidas.
Tags: Coach | Liderança | Sucesso | Desafios |
Autor: Denilza Munhoz
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/liderancavencendo-desafios-pelo-exemplo/99857/
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